1. Cerca de 50% dos diagnósticos de depressão são feitos na atenção básica (por médicos não-psiquiatras). Enquanto isso, 50% dos pacientes da atenção básica não recebem avaliação para depressão.

2. Por outro lado, 15 a 20% dos pacientes diagnosticados com depressão na atenção primária são falsos-positivos.

3. O termo “depressão” pode ser usado em vários sentidos. Pode ser um estado de humor (eu estou deprimido = eu estou triste), pode ser uma síndrome (um conjunto de sinais e sintomas parecidos que envolvem humor depressivo, e pode aparecer em diversas doenças diferentes) e pode ser um distúrbio psiquiátrio (geralmente chamamos de “depressão” o transtorno depressivo unipolar). Por isso, dizer que está deprimido porque o sorvete acabou não significa menosprezar os transtornos de humor.

4. Sintomas depressivos incluem, além do humor deprimido: retardo motor ou agitação, insônia ou hipersônia, perda ou ganho ponderal não intencional.

5. O transtorno bipolar geralmente se apresenta como depressão, já que estatisticamente os episódios depressivos são mais numerosos e duradouros do que os episódios de mania ou hipomania. Por isso, é importante que o médico afaste a possibilidade de episódios maníacos prévios quando um paciente se apresenta com síndrome depressiva.

6. Assim como ocorre na esquizofrenia, a tendência atual é considerar que o que chamamos de depressão na verdade é uma miríade de doenças com fisiopatogenia e clínica diversas, mas com o humor depressivo como…

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