A grande mudança no tratamento da asma do GINA 2019

Nícolas Teixeira Cabral
4 min readNov 13, 2020

O GINA (Global Initiative for Asthma) trouxe uma mudança profunda no tratamento da asma leve em sua edição de 2019, uma verdadeira revolução baseada em evidências no manejo da doença.

SABA para resgate

Por mais de 50 anos, o tratamento padrão para asma leve, o Step 1, era o uso de agonistas beta-2-adrenérgicos (SABAs) inalatórios para “resgate”.

Ou seja, o paciente usava a bombinha de SABA (o SABA mais conhecido é o salbutamol (Aerolin)) sob demanda, quando sentia que estava tendo uma crise asmática.

O GINA não recomenda mais o uso de agonista beta-2-adrenérgico inalatório isolado no Step 1!

A asma “leve”

Segundo os updates do GINA, até 37% dos pacientes em crise asmática, 16% dos pacientes com asma quase fatal e até 20% dos adultos que falecem devido a asma tinham poucos sintomas (menos de uma vez por semana) nos três meses anteriores ao evento.

Ou seja, uma porcentagem significativa dos pacientes que são internados ou morrem devido a asma tem “asma leve”.

Assim, os especialistas concluem que a ausência de sintomas frequentes não significa que o risco de crises graves inexiste.

As duas faces da asma

A face pública da asma, a que todo mundo conhece, é a crise asmática. A fisiopatologia da asma aguda inclui broncoespasmos que dificultam ou impedem agudamente a…

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